quarta-feira, 26 de maio de 2010

HISTÓRIA DE UM HOMEM



Tô de novo escrevendo a mesma história,
repetindo os mesmos versos.
Questionando o que faço agora
pra no fim refazer o que não é certo.

Ver o brilho nos olhos de um homem
é saber enxergar o que não se pode ver.
Mas só vê quem se cala e tem a calma,
pra entender o eu que está em você.

Quando o rio à noite soa baixinho
para vida poder repousar,
quando o mundo para só um pouquinho,
pode o homem por um instante sonhar.

Toda sede anuncia o vazio
que alardeia o que está a faltar.
Quando a cheia transborda um menino,
sobram águas prum homem formar.




Bruno Leandro

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Filho da Vida



Sou filho da vida, sou filho do mundo,
Sou filho da alma que ainda não possuo.
Sou filho da dúvida, da esperança,
da dor e da irrelevância.

Sou neto do tempo e filho do vento,
Sou folha caída que embeleza o caminho.
Eu sou caminhadas com rumos incertos
e sou a alegria de poder caminhar.

Eu sou o aprendiz da luz matutina,
Que ministra sua aula do redespertar.
Eu sou a calada da noite escura,
perdida no breu, sabendo onde está.